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Viajante Cia Eco

Luiz Antonio e Leonor Moschini

Pantanal Norte e Transpantaneira

1- O trajeto desde Aracaju até Cuiabá transcorreu normalmente. Houve algum sobressalto em Brasília, pois mesmo com duas horas para fazer a troca de avião, em função da reforma no aeroporto e das longas filas o tempo foi muito apertado. Vale a pena, enquanto durar a reforma deste aeroporto, prever mais tempo entre um vôo e outro;

2- Chegamos à Cuiabá e identificamos facilmente o motorista e o guia (Jaó) no aeroporto. Foram muito educados e atenciosos. O Trajeto até a pousada foi maravilhosos, paramos de quando em quando para fotografar. O trajeto já vale o passeio por si só. Almoçamos num restaurante de beira de estrada simples, mas com comida saborosa e farta;

3- Paramos bastante na estrada para fotografar a fauna local. A atenção e o conhecimento do nosso guia, assim como a cordialidade fez com que nos sentíssemos em casa. Chegamos à Pousada Lodge Araras no início da noite, conforme planejado. Fomos recebidos com muita alegria e simpatia pelos donos que mostraram-se surpreendidos pela chegada de um brasileiro interessado em fotografar aves. As acomodações da pousada são simples, más práticas, limpas e confortáveis. A princípio a falta de armário dificulta um pouco a rrumação, mas com o tempo as coisas se ajustam. Ao sinal de um sino jantamos. Uma comida caseira deliciosa. O sono é bastante tranqüilo;

4- O café nas primeiras horas da manhã é um acontecimento. Num caramanchão à beira da piscina temos que disputar a comida com as gulosas gralhas, cavalarias e bem-te-vis. Até um lindo cervo pantaneiro chamado Jerônimo participa da celebração. Cercada por alagados e matas de galeria somos embalados pelo som das aves. Curicácas, araras azuis, catataus jaçanãs e gralhas fazem uma algazarra. O Café é regado a sucos naturais, frutas e bolos e conta sempre com a assistência e o papo agradável dos donos;

5- Durante os dias que lá ficamos saíamos bem cedo em longas caminhadas para fotografar pássaros. Sobre as partes alagadas há decks de madeira e nas matas de galeria existem duas torres de observação, uma com doze e outra com vinte e cinco metros. Parávamos para almoçar das 12:00 até as 15:00, horas estas de muito calor. Às 15:00 tomávamos um café e saíamos novamente, desta vez de caminhão ou de caiaque. De volta com a chegada da noite;

6- O Guia que nos acompanhou, José Augusto de Oliveira, também conhecido como Jaó (um pássaro que ele imita como poucos) é um ícone a ser destacado. Extremamente experiente e atencioso não mediu esforços para que tivéssemos uma ótima viagem. Conseguimos visualizar 126 espécies diferentes de aves e eu sai de lá com cerca de 3.200 registros fotográficos;

7- Esta parte do passeio foi ótima, o único ponto à melhorar foi a improvisação e pouca eficácia da focagem noturna. Foram Três ou quatro dias que nos sentimos em casa, e apesar das extenuantes caminhadas saímos de lá descansados e com a certeza que vamos voltar.