Patagônia Argentina

Viajante Cia Eco

Eduardo Alves Maria - Patagônia

As paisagens impressionantes, a cultura rica e a natureza selvagem da Patagônia superaram todas as minhas expectativas, proporcionando uma experiência única e inesquecível.

Viagem ao “Fim do Mundo” – Um relato inesquecível

Após um longo hiato sem viagens devido à pandemia, finalmente cheguei ao tão aguardado “Fim do Mundo”. Já havia visto muitas fotos e vídeos, mas as paisagens, pessoas e lugares pitorescos me surpreenderam profundamente. É realmente lindo!

Minha jornada começou em Buenos Aires, uma cidade que merece destaque pela beleza de seus edifícios Art Nouveau e Art Deco, que estão muito bem preservados — um verdadeiro tesouro arquitetônico. A cidade, conhecida como a Paris das Américas, é segura, tranquila e convidativa para caminhadas, mesmo à noite. Hospedei-me em um hotel bem localizado na Recoleta, ponto estratégico para explorar os arredores.

Alguns pontos imperdíveis foram a livraria EL Ateneo Splendid, montada em um antigo teatro e considerada uma das livrarias mais bonitas do mundo; o Cemitério da Recoleta; Puerto Madero, com sua área restaurada e repleta de bons restaurantes; e o tradicional bar de tango Bar Sur, em San Telmo, onde a experiência é autêntica e intimista. Também visitei cafés históricos, museus e a icônica Casa Rosada, sede do governo argentino.

No dia seguinte, parti para Calafate, uma simpática cidade na Patagônia com uma avenida vibrante cheia de lojas e restaurantes, onde me hospedei em um hotel com vista espetacular para o Lago Argentino. Já sentia o “clima” da região, com sua beleza natural única.

Minha primeira aventura foi visitar uma típica estância patagônica e navegar pelo Braço Rico, no Lago Argentino, perto do Glaciar Perito Moreno. As passarelas oferecem vistas impressionantes da geleira, cujas cores e sons são emocionantes. O cruzeiro pelo lago, visitando glaciares e icebergs, foi um dos pontos altos, uma experiência encantadora que superou minhas expectativas.

Depois, segui para El Chaltén, base para trekkings em meio a uma natureza selvagem e quase intocada. O hotel, construído em estilo container com ambiente aconchegante, ofereceu uma vista estonteante para o Vale do Rio Eléctrico e o glaciar ao fundo. Fiz trilhas desafiadoras, incluindo a Laguna del Diablo e a Laguna Torres, sempre rodeado de paisagens de tirar o fôlego e, com sorte, avistei pumas em seu habitat natural — uma experiência rara e emocionante.

A etapa final foi o Parque Nacional Torres del Paine, no Chile, onde fiquei hospedado em outro hotel do mesmo grupo, com uma vista maravilhosa para as torres. Fiz diversas caminhadas em trilhas de pedras e morenas, incluindo o Valle del Francés e o Glaciar Grey, navegando entre icebergs e apreciando a natureza em sua forma mais pura.

O pôr do sol refletido nas montanhas e nos lagos de Torres del Paine foi um espetáculo inesquecível, que encerrou com chave de ouro essa etapa da viagem.

Minha última parada foi Punta Arenas, uma cidade pequena e charmosa, com vento frio constante, onde fiz passeios de barco às Ilhas Marta e Magdalena. Nessas ilhas, avistei centenas de aves marinhas, leões marinhos e pinguins-de-Magalhães, entre outras espécies, em ambientes naturais preservados.

Em todas as localidades, fui recebido com atenção e profissionalismo pela equipe local, o que tornou toda a experiência ainda mais especial.

Esta viagem ao “Fim do Mundo” foi um momento de reencontro comigo mesmo, uma oportunidade para apreciar a grandiosidade da natureza e a beleza da vida.

Agradeço a todos os envolvidos que tornaram esta jornada possível e inesquecível.