O cardápio da pousada segue a filosofia da casa, com uma predominância de carnes. Se você for vegetariano, é bom avisar logo na chegada. Curiosamente, vegetais, frango e ovos vêm da cidade, já que os animais selvagens que habitam a região costumam invadir e consumir qualquer plantação.
A Pousada Aguapé está acostumada a receber fotógrafos profissionais, o que torna tudo mais prático. É possível sair bem cedo, antes do nascer do sol, e os guias já sabem como posicionar os visitantes nos melhores ângulos de luz. Em uma das saídas, reparei que o guia estava de polainas algo que recomendo levar ou verificar se a pousada fornece, já que entrar na mata é inevitável. As cobras estão por lá, e é sempre bom estar preparado.
Na época das cheias, predominam as paisagens; na seca, são os animais que tomam a cena. Em qualquer uma delas, vale levar no mínimo uma lente objetiva e uma angular, já que as oportunidades fotográficas aparecem e desaparecem o tempo todo. Não guarde o equipamento logo após o pôr do sol aumentar o ISO pode render registros incríveis de animais em movimento nas últimas luzes do dia. Mesmo durante o café da manhã, vi mais de 20 pássaros, entre eles seis tucanos brigando e oito araras azuis empoleiradas.
A experiência do time da pousada impressiona: sem grandes perguntas, eles já sabem e informam os melhores horários e locais para aproveitar a luz uma verdadeira bênção para quem fotografa.
E por fim, um momento que foi, sem dúvidas, o auge da viagem: fiz um voo panorâmico em um Cessna monomotor sem portas. Fantástico, inesquecível. O piloto já sabe as melhores horas para os cliques. Vale sentar no banco de trás, que dá mais mobilidade. Mas prepare-se: o vento lá fora chega a 180 km/h. Mantenha a velocidade da câmera acima de 1000, use apenas lente angular, retire o parasol (ou ele sai voando!), aperte bem o cinto e esteja pronto para registrar paisagens de tirar o fôlego especialmente na época das cheias.
Boa viagem!
Cyro Masci