Encantadora e fervilhante, a Turquia surpreende até mesmo os viajantes que já andaram por todos os cantos do planeta. Localizada entre a Europa e a Ásia, o país está geograficamente e culturalmente entre dois mundos. Oriente e ocidente, cristianismo e islamismo, novo e antigo convivem harmonicamente em um mesmo solo.

Em Istambul, palácios e mesquitas, cenários de histórias das Mil e Uma Noites, coexistem com a sofisticação de uma cidade contemporânea europeia. Ruínas e museus testemunham uma história de 10 mil anos e a passagem de diferentes culturas em seu auge. Afinal, a cidade já foi a capital de dois impérios e se chamou Constantinopla e Bizâncio. Se não bastasse toda essa diversidade e cultura, os turistas são recebidos por um povo aberto e hospitaleiro.

A 700 km de Istambul, está a região da Capadócia e seu cenário impactante. Nos arredores de Göreme e Urgup, duas cidadelas principais, há dezenas de monastérios, capelas e pequenas igrejas do período bizantino em uma colina, todas talhadas na rocha. A imagem desses locais, que parecem mais vilarejos, remete a uma paisagem lunar. Você pode contemplar essa estranha beleza a bordo de um balão, passeio imperdível!
Entre as cidades de Kayseri e Nevsehir, há construções intrigantes, que parecem colmeias. São cidades subterrâneas com interligações, utilizadas posteriormente como esconderijo pelos cristãos. Alguns estudiosos creem terem sido construídas em 4.000 a.C.

A Turquia oferece uma verdadeira aula de história a céu aberto! Éfeso é uma das cidades mais grandiosas e mais bem conservadas do mundo antigo. Fundada no séc IV a.C., monopolizou a riqueza do Oriente Médio e foi o maior e mais importante porto do Mar Egeu. Suas ruínas são tão bem conservadas que dão uma dimensão da grandiosidade e da bela arquitetura da cidade. Outra cidade antiga é a greco-romana Aspendos, próxima à Antalya, no Mar Mediterrâneo. Estar dentro do seu teatro provoca a sensação de estar no meio do cenário de um filme. Gigantesco, ele foi construído em 155 d.C. e comportava 7 mil pessoas. É o teatro mais bem conservado da antiguidade, um verdadeiro espetáculo.

A natureza também criou maravilhas na Turquia. Pamukkale, que significa castelo de algodão, são montanhas revestidas de cálcio petrificado. Ali emergem nascentes de água mineral quente, que formam cascatas, lagos e piscinas naturais azuis em meios às montanhas brancas. Esse cenário é único no mundo.

Banhada pelo Mediterrâneo, o Mar Egeu, o Mar Negro e Mar de Mármara, a Riviera Turca é uma atração à parte. Ver as cidades e suas riquezas junto ao oceano é de uma beleza indescritível, além do privilégio de relaxar junto ao sol e o mar depois de receber tanto conhecimento. Vale seguir até Bodrum, bela cidade litorânea de casas brancas e palmeiras. De lá partem as embarcações típicas, conhecidas como “gulets”, que navegam pelo Mar Egeu. Se você gosta de cruzeiros, que tal navegar do Mediterrâneo à Riviera do Mar Negro ou conhecer as Ilhas Gregas.

E isso tudo ainda é pouco para se falar de um país com tantos encantos. A melhor época para visitá-lo é na primavera e no outono, período em que o clima está ameno, há menos turistas e você pode apreciar tudo com mais calma.

Uma dica, reserve espaço na mala. Os tapetes artesanais são lindíssimos, assim como a cerâmica. Na bagagem, além de imagens fantásticas, uma parte da história da civilização, certamente você vai trazer no mínimo belíssimas lembranças para você e seus amigos.

A época ideal para visitar a Turquia é durante a primavera (abril a meados de junho) e o outono (setembro ao início de novembro), quando as temperaturas giram em torno dos 15ºC e as atrações estão menos cheias. Julho e agosto são os meses mais quentes e úmidos. Já o inverno, que vai de novembro a março, é rigoroso e muitos hotéis fecham neste período.

Istambul:

Basílica de Santa Sofia: marco da passagem de dois impérios, o Bizantino e o Otomano, é um ícone da arquitetura mundial. Sua cúpula de 32 m de diâmetro a quase 60 m de altura foi erguida em 537. No século 15, a igreja foi transformada em mesquita pelos conquistadores otomanos, quando os impressionantes mosaicos cristãos ganharam a companhia de elementos tradicionais do islamismo. O rosto original do anjo Serafim, trabalho do século 19 feito pelos irmãos ítalo-suíços Fossatti, e que até então permanecia encoberto, agora está exposto no canto nordeste do edifício.

Canal de Bósforo: passeio de barco pelo estreito divisor entre a Europa e a Ásia e ponto de encontro entre o mar Negro e o mar de Mármaris. O cruzeiro parte de Eminonu e segue até a bonita vila de Sariyer e oferece uma agradável vista de ambos os lados. É possível avistar as elegantes casas de madeira construídas à beira d’água, conhecidas como ‘yalis’, belas mesquitas, luxuosos palácios do século XIX , castelos e fortalezas.

Igreja de Chora: abriga alguns dos mais belos mosaicos e afrescos bizantinos conhecidos, entre eles o bem conservado Sono da Virgem. Foi construída por São Teodoro no século XIV e, em 1935, foi convertido no Museu de Mosaicos devido aos mosaicos mundialmente famosos mostrando o nascimento de Jesus Cristo, seus milagres e algumas passagens da vida da Virgem Maria.

Mesquita Azul: a Mesquita do Sultão Ahmet é um dos mais famosos monumentos religiosos da Turquia e também do mundo islâmico. Uma soberba criação no estilo arquitetônico turco clássico. Ergue-se imponente e única com seus seis minaretes e 260 janelas que iluminam seu vasto interior decorado com mais de 20 mil lindos azulejos da cidade de Iznik.

Mesquita de Rustem Pacha: construída em 1561 pelo arquiteto Sinan para Rustem Pacha, genro e grão-vizir de Suleiman I. A sua decoração interior é feita de azulejos de Iznik da mais alta qualidade. É a única mesquita de Istambul decorada com tamanha variedade de azulejos com motivos diversos desde os florais aos abstratos.

Mesquita de Suleiman: este complexo é um dos mais esplêndidos trabalhos do arquiteto Sinan durante o império otomano e se tornou uma das mais importantes mesquitas de Istambul. A construção, a qual tornou toda a cidade em um pátio de obras, começou em 1549 finalizando-se em 1558 (a mesquita, a escola de teologia, o hospital e a despensa foram concluídos em 1557; a cozinha em 1555, e as medreses em 1558). A tumba de Suleiman foi o último prédio a ser construído. Somente azulejos decoram suas paredes.

Museu das Artes Turcas e Islâmicas: antigo palácio de Ibrahim Pacha, é um excelente exemplo da arquitetura do século XVI. Possui um vasto acervo de tapetes, desde fragmentos de peças do século XIII até as tapeçarias de seda persa que decoravam as paredes do palácio, bem como trabalhos em pedra, cerâmica, madeira e minerais, revelando estilos e técnicas diferentes desde o período islâmico até hoje.

Palácio de Dolmabahce: esse palácio otomano foi construído entre 1843 e 1856 na tentativa de trazer de volta o prestígio que o império vinha perdendo. O sultão Abdul Mecid contratou uma família armênia chamada Balyan para construí-lo em mármore e decorá-lo em estilo europeu. Os jardins do palácio são muito bonitos e no seu interior ecnontram-se salas públicas e privadas suntuosamente decoradas, um harem com portas de ferro, uma escadaria de cristal Baccarat e bronze com corrimão de mogno encerado. A magnífica sala do trono, usada em 1877 para a primeira reunião dos deputados da câmara otomana tem um lustre que pesa 4000 quilos. 

Palácio de Topkapi: considerado por muitos como um dos lugares mais originais e também o maior e mais antigo palácio do mundo, foi moradia oficial dos sultões otomanos por 400 anos. Lá, estão expostas muitas das preciosidades acumuladas pelos sultões durante seus respectivos reinados, assim como as dependências do harém onde viviam suas mulheres e concubinas.


Pamukkale:

O nome significa "castelo de algodão" e descreve as nascentes de água mineral quente que formaram, durante séculos, lagos e cascatas. A temperatura da água oscila entre os 35º C e os 50º C sendo especiamente indicada para as doenças nervosas e de coração.


Capadócia: