Itinerário

1º DIA - Voo internacional para Cartum
Voo internacional para Cartum. Após a nossa chegada ao aeroporto e trâmites de visto necessários para entrar no país, transfer para o hotel.

2º DIA - Cartum (passeio guiado pela cidade)
O dia servirá para um primeiro contato com Cartum, capital sudanesa fundada em 1821 como guarnição do exército egípcio. Aninhado na confluência do Nilo Azul e do Nilo Branco, suas ruas movimentadas e sua enorme população merecem uma visita. Seguimos ao Parque Mogran para conhecer a maravilhosa confluência do Nilo Branco e do Nilo Azul, misturando-se para fluir pelo deserto em direção ao Egito. Em seguida, visita ao Museu Arqueológico Nacional onde apreciamos o notável esforço da UNESCO para resgatar peças de dois templos núbios das inundações causadas pela construção da barragem de Aswan. Templos e túmulos egípcios inteiros foram movidos centenas de quilômetros para Cartum para serem reconstruídos no Museu Nacional do Sudão. Alguns destes vestígios arqueológicos do passado faraónico, em estado de conservação quase perfeito, datam de quase quatro mil anos, existe também uma importante colecção de vestígios cristãos do vale do Nilo. Seguimos para Omdurman, a antiga capital do Sudão, atravessando o Nilo Branco por uma ponte para visitar o túmulo de Al Mahdi. Entre 1881 e 1885, Muhammad Ahmed Al Mahdi, ou o Exército Mahdi, liderou uma campanha militar bem-sucedida contra o governo otomano-egípcio do Sudão, que resultou na conquista de Cartum. Visita do museu Khalifa nas imediações, almoço em Omdurman num restaurante nas margens do Nilo. Seguidamente, iremos ao mercado local de Omdurman considerado o maior mercado do país, onde encontraremos todo o tipo de produtos locais .

3º DIA - Cartum– Bayuda – Khandag – Dongola – Seliem
Logo pela manhã partiremos com as viaturas 4×4 em direção a Omdurman, pelo deserto de Bayuda, ao longo de 520 km de estrada asfaltada em direção à cidade de Dóngola. Faremos uma parada fora de Omdurman para ver as colônias de cupins espalhadas no deserto. No início do percurso, após 300 quilómetros na estação de Multaga, outra parada para observar a paisagem. Antes de chegar a Dongola, visita à Khandag, uma curiosa fortaleza construída pelos mamelucos em um local estratégico às margens do rio Nilo. Chegando a Dongola, travessia do Nilo por uma ponte e, após uma curta viagem de 20 minutos, chegada a El-Seliem.

4º DIA - Seliem – Dongola – Tajab – Soleb
Começamos o dia no animado e colorido mercado local de Dongola. Será o momento ideal para entrar em contato com o cotidiano do povo sudanês. Saída de Dongola por uma trilha deserta a caminho de Sesibi. Essa estrada deserta faz parte da tradicional rota de caravanas de camelos de 40 dias para o Egito. É muito provável que encontremos caravanas durante o passeio ou mesmo o esqueleto de um camelo morto e abandonado. Almoço no caminho e parada na cidade de Tajab às margens do Rio Nilo (64 quilômetros, 1 hora e meia) para contemplar a agradável paisagem que o Nilo nos oferece. Retorno a Sesibi (70 km, 2 horas) onde visitaremos os restos do templo erguido pelo faraó Akhenaton (Amenhotep IV, c. 1351 -1334 aC) dedicado ao deus Aton. A viagem continua até chegar numa casa núbia, em Soleb (54 km, 1 hora), onde contemplamos o pôr do sol do Templo de Amon, considerado o mais belo templo egípcio de todo o Sudão, erguido pelo faraó Amenhotep III ( 1388 – 1350 aC) que com sua bela arquitetura lembra o templo de Amon em Luxor, antigaTebas.

5º DIA - Soleb
O dia será dedicado a visitar o sítio arqueológico de Soleb e seus arredores. A intenção será completar algumas das visitas que não podem ser feitas no dia anterior, mas acima de tudo, mergulhar no fascinante mundo dos assentamentos núbios. A arquitetura núbia, com casas de estética muito peculiar, é um dos atrativos da visita de hoje. As portas tingidas de cores vivas, os pátios interiores e as linhas curvas das suas paredes contrastam com o ocre das mesmas. Junto ao templo de Soleb desceremos até ao rio Nilo e contactaremos com as populações locais.

6º DIA - Soleb – Jebel Dosha – Messaida – Tombus
Pela manhã, visita ao Templo de Amon em Soleb (o nascer do sol no templo é opcional bem recomendado). Visita às pequenas fazendas ao longo das margens do Nilo, observando os núbios cuidando de suas colheitas. Em seguida, seguimos à Gebel Dosha, uma colina perto das margens do Nilo (15 minutos) onde encontra-se a capela rochosa de Tutmosis III e outros três monumentos escavados na rocha e depois seguimos para a cidade de Sadenga (14 km, 30 minutos) onde visitamos os poucos restos remanescentes do templo da grande rainha Tiye, poderosa esposa de Amenhotep III. A partir daqui atravessamos o Nilo, desta vez em uma balsa, até a margem leste do Nilo, por Koyeka ou Sawarda (1 hora), continuando por cerca de 30 minutos até a terceira catarata do Nilo, onde sua superfície é sulcado por muitas pequenas pedras e rochas que se projetam do leito do rio. A viagem continua em direção a Tombus com visita às esculturas rupestres de Sebu (9 km, 15 minutos), algumas das mais ricas de todo o Sudão. A partir daqui seguimos o caminho do deserto através de um vale que acompanha as montanhas nos arredores da aldeia de Messida até chegar em Tombus (21km, 45 minutos).

7º DIA - Tombus – Kerma – Kawa
Pela manhã caminhada por Tombus, local onde foram exploradas pedreiras de granito e ainda se podem ver os restos de uma estátua do rei núbio Taharqa (Dinastia XXV), bem como diversas inscrições do período faraônico. Vamos apreciar a estela erguida por Tutmosis III em comemoração à sua vitória contra o reino da Núbia em Kerma. Caminhada pela orla apreciando a maravilhosa cena matinal sobre o Nilo, onde as rochas graníticas formam outra pequena cachoeira cercada por verdes palmeiras que ladeiam as duas margens do rio. Em seguida, retorno para almoço em um restaurante local em Kerma e visita ao mercado. Seguimos 30 minutos de carro para visitar o monumento do reino de Kerma, região que foi ocupada desde o ano 2500 a.C. até aproximadamente 1500 aC, considerada uma das primeiras comunidades urbanas da África, com economia local baseada na agricultura e pecuária. Com o tempo, Kerma desenvolveu o comércio norte-sul ao longo do Nilo. Visitamos um dos marcos territoriais, o majestoso Defuffa ocidental (palavra núbia que significa “edifício antigo”); O Defuffa consiste em uma enorme estrutura de adobe de 19 metros de altura com escadas que levam ao topo, característica da cultura Kerma. O prédio era o principal centro religioso de Kerma, cercado por oficinas, prédios públicos e casas. O complexo combina arquitetura egípcia e núbia. Em seguida, visita ao Museu Kerma para contemplar e compreender este complexo histórico através de seus interessantes achados arqueológicos. Seguimos pela rota até Kawa (aproximadamente uma hora).

8º DIA - Kawa – Dongola – Desierto Nubiano – Darima
Hoje acordamos no belo oásis de Kawa e visitamos o templo de Amon nas proximidades. Kawa era um importante centro religioso e urbano no coração do reino kushita. Visitamos um templo que foi construído pelo emblemático faraó egípcio Tutancâmon (XVIII Dinastia, c. 1330 aC), que ganhou importância devido à sua localização geográfica estratégica, no final da rota deserta que liga a cidade a Napata. Continuação por trilha e estrada pavimentada pelo deserto até a antiga Dongola (2,5 horas), a terra de Makuria, um dos reinos cristãos (580 – 1450 DC). O centro deste reino foi construído ao longo da margem do Nilo onde existe um complexo de belas igrejas decoradas e pintadas, escritórios e o palácio. Caminhada pelos vestígios arqueológicos da cidade e visita à igreja que coroa a residência de dois andares, construída em uma colina que oferece uma bela vista de toda a cidade e do antigo mosteiro. Em seguida, continuação pelo deserto da Núbia até chegar a Karima, onde pernoitamos em uma casa local.

9º DIA - Karima – Kurru – Jebel Barkal
Logo pela manhã seguimos a Kurru, a 18 km de Karima (30 min) e visita ao cemitério real dos faraós da XXV Dinastia. Trabalhos arqueológicos recentes revelam que Kurru era uma cidade bem fortificada. Estima-se que as tumbas mais antigas datam de 890 a 860 a.C. Durante a Vigésima Quinta Dinastia, os “faraós negros” ordenaram a construção de pirâmides. Nesse cemitério visita-se duas câmaras, descendo umas escadas que nos levam às pinturas bem conservadas das suas paredes. A primeira pirâmide foi para o rei Tanut Amani e a segunda para sua mãe, a rainha Kalahata. Então, em apenas 5 minutos de carro, entramos em um vale cheio de árvores petrificadas. Voltando à Karima visitamos Jebel Barkal, um sítio arqueológico que corresponderia ao lugar sagrado do Reino de Napata. É uma montanha de pedra avermelhada, 40 km a jusante da quarta catarata que tem 100 metros de altura e 200 metros de comprimento, com falésias proeminentes e um espetacular pináculo de 75 metros. É muito provável que a singularidade desse local o tornasse um local ideal para construir um grande templo dedicado ao deus egípcio Amon. O templo foi um importante centro religioso por quase um milênio (desde o Novo Império até a 25ª Dinastia, conhecida como "a dos faraós negros"). A beleza de seus templos e palácios ao pé da montanha permaneceu como o principal santuário do reino onde os faraós núbios reivindicavam seu poder real que deveria ser confirmado e coroado pelo deus Amon que habitava dentro da montanha. Mais tarde, em 1870, o grande músico Giuseppe Verdi foi inspirado a escrever a lendária ópera Ainda, quando as escavações núbias em Napata foram reveladas. Visita ao imponente templo de Amon e de sua esposa Mut construído no interior da montanha e almoço em um restaurante local em Karima. À tarde, voltamos à Jebel Barkal para visitar as pirâmides a oeste das montanhas e, dependendo de nossa energia e interesse (opcional recomendado), subida na montanha Jebel Barkal para apreciar o pôr do sol com vista para os templos, pirâmides e o majestoso Nilo, onde deuses e deusas já dominaram. É uma queda de 100 metros com uma subida que nos levará entre 20 e 30 minutos. Regresso ao nosso alojamento para jantar.

10º DIA - Karima – Pirámides de Nuri – Pirámides de Meroe
Iniciamos o dia visitando as pirâmides de Nuri (15 minutos), uma necrópole fundada pelo rei Taharqa (680-669 aC) mencionada no Antigo Testamento por seu triunfo sobre os assírios. Em seguida, continuamos pelo deserto por 26 quilômetros até chegar ao Vale de Gazali, fazendo uma parada no mosteiro. Continua-se pelo vale e pelo deserto (rota frequentada pelos nômades da etnia Hassania). Almoço no caminho no Vale de Marwa. Chegada ao Nilo novamente para atravessá-lo por uma ponte que nos levará a Atbra. A partir daqui seguimos até as pirâmides de Meroe (50km), a tempo de apreciar o pôr do sol entre este lendário cenário de pirâmides construídas em uma colina cercada por dunas de areia dourada. A necrópole foi utilizada por reis e rainhas desde 270 a.C. -320 DC Em seguida, voltamos para nosso acampamento, perto das pirâmides de Meroe (15 minutos a pé das pirâmides). Jantar e pernoite.

11º DIA - Pirámides de Meroe – Mussawarat – Naga – Khartoum
Após o café da manhã, visita às pirâmides e depois continuamos para a antiga cidade real de Meroe (metrópole), a 5 km a uma curta distância do Nilo. Aqui apreciamos os restos de templos, palácios e as metrópole que inclui um banho romano muito bem preservado. Espalhados por esta área estão fragmentos de ferro preto esmaltado e minério de ferro. A antiga Meroe tem a reputação de ter sido o primeiro assentamento na África onde o minério de ferro foi extraído e refinado. Seguimos para a cidade de Shendi onde visitamos uma casa local para ver a tecelagem de roupas tradicionais. Em seguida, nosso veículo nos leva para Mussawaat es Sufra, 85 km em uma estrada que atravessa o vale de Awatib. Aqui estão os restos de um templo com belos relevos. O grande recinto tem um estilo arquitetônico único como nenhum outro no Vale do Nilo com um complexo de templos, lojas e o local que servia como cidade sagrada, onde meroíticos vinham de longe em peregrinação. Em seguida, faremos uma curta viagem até Naga. Muito perto dos templos encontramos um antigo poço de água que os nómadas costumam frequentar com o seu gado. Visita ao templo de Amon, uma curiosa construção em forma de quiosque onde se pode apreciar uma curiosa mistura de influências egípcias, gregas e romanas, podemos desfrutar do nosso último pôr-do-sol no templo dedicado ao deus núbio Apedemak. Será a nossa despedida do deserto e seguimos em direção a Cartum, distante 170 km por estrada asfaltada.

12º DIA – Cartum
Após o café da manhã, oportunidade de visitar a Grande Mesquita perto da área de Suq al-Arabi, o mercado de ouro e o cemitério Hamad Alnil. À tarde retornoe tempo livre. Jantar de Despedida em um dos restaurantes mais concorridos de Cartum. No horário combinado, transfer para o aeroporto e retorno ao Brasil.
* Opcional: incluir uma noite extra para descanso antes do voo (dia seguinte).